Os
Trabalhadores da Petrobrás em seis Estados decidiram em assembleias
encerrar a greve nacional iniciada na última quinta-feira, 17.
Petroleiros e trabalhadores terceirizados aceitaram a proposta salarial
da empresa, de reajuste de 8,56%, além de outros benefícios. O sindicato
exigia aumento de 12,86%.
De
acordo com o presidente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João
Antonio de Moraes, os Estados de Amazonas, Paraná, Santa Catarina, Minas
Gerais, São Paulo e algumas regiões do Rio de Janeiro, como a Refinaria
Duque de Caxias, já realizaram assembleias e acabaram com a
mobilização. “Nós da diretoria acreditamos que avançamos muito em
diversos itens da nossa pauta, mas são os trabalhadores que decidirão
pelo fim do movimento”, disse o sindicalista.
Na
proposta apresentada pela Petrobrás na terça, 22, os trabalhadores
obtiveram ganhos nos benefícios de saúde e segurança do trabalho,
segundo a FUP. Os trabalhadores também tiveram a garantia de que os
grevistas não serão prejudicados.
“Se
não conseguimos evitar o leilão, pautamos o assunto na sociedade.
Antes, praticamente não existia debate. O maior campo já descoberto no
País e a sociedade não tinha conhecimento do processo. Outras áreas vão
ser leiloadas, e é preciso que o povo participe”, afirmou o presidente
da FUP.
Moraes
destacou ainda a criação de um Fundo Garantidor para funcionários
terceirizados. O fundo terá recursos previstos nos novos contratos da
Petrobrás com empresas terceirizadas. O objetivo é garantir aos
trabalhadores das empresas direitos trabalhistas equivalentes aos
funcionários da estatal, como férias, décimo terceiro salário e
adicional de periculosidade, além de outros benefícios.
“Esses
profissionais eram dispensados sem qualquer direito ao término dos
contratos. Com esta questão, ajudamos a pautar a discussão sobre o
Projeto de Lei 4.330, sobre a terceirização, que leva a uma precarização
do trabalho. Como categoria, temos força para pressionar o governo”,
afirmou.
Fonte: Campos24Horas.