quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Chuva forte deixa 13 municípios em estado de atenção no Rio de Janeiro

No pequeno município de Laje do Muriaé, com apenas oito mil habitantes, dois mil tiveram de deixar as casas. As pessoas têm que transitar com água pelas ruas com água pela cintura, enfrentando a correnteza.



A chuva forte que cai desde o ano novo trouxe de volta as notícias de todo verão. Inundações, deslizamentos, desabrigados e mortos. Uma história que se repete lamentavelmente. Em Minas, os temporais dos últimos três dias mataram quatro pessoas. No Rio, 13 municípios estão em estado de atenção. Em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, não chove desde a tarde de terça-feira (3), situação que deve mudar, porque a previsão é de muita chuva, principalmente a partir de quinta (5).

A ligação entre algumas cidades já está comprometida. A RJ-194, entre São Fidelis e Cambuci, já foi interditada. Na BR-356, a água também invadiu a pista em quase meio metro.

A situação mais grave é na cidade de Cardoso Moreira, que tem muitas ruas alagadas e muitos bairros isolados. E, no meio da enchente, o mais puro contraste: o fornecimento de água teve que ser suspenso.

Na entrada da emergência de um dos hospitais da cidade de Itaperuna, com medo de que a água suba ainda mais, o andar térreo foi desocupado. Um paciente só conseguiu chegar ao hospital usando o bote do Corpo de Bombeiros.

Em uma casa, a água invadiu os quartos e chegou a mais de um metro de altura. Lucelena e o filho de 10 anos foram surpreendidos quando dormiam. “Foi um susto muito grande. A gente estava dormindo despreparado e a água veio”, conta o menino.

“Fui dormir com ele no salão, quando fui ver estava dando um metro e meio de água. Cama, guarda-roupa, cômoda, colchão, ficou tudo lá. Não deu tempo, a água subiu muito rápida”, contou Lucelena.

Itaperuna está entre as cidades do noroeste do estado mais atingidas pela cheia do Rio Muriaé. Em alguns lugares, não dá mais para saber o que é rio e o que é rua. Os barcos usados por pescadores circulam por onde antes passavam carros. A água invadiu quintais e janelas. Quem mora na beira do rio vê a correnteza passar bem perto.

“Tudo cheio, um monte de coisa estragou. Tem coisa que não dá tempo de retirar”, conta uma mulher.

Na região, sete municípios sofrem com as cheias e estão em estado de atenção máxima. No pequeno município de Laje do Muriaé, com apenas oito mil habitantes, dois mil tiveram de deixar as casas.

O município está praticamente isolado. De cima, é possível ver que várias ruas da cidade estão alagadas. O Rio Muriaé transbordou, e as pessoas têm que transitar com água pelas ruas com água pela cintura, correndo riscos e enfrentando a correnteza.

O principal acesso ao município ficou debaixo d’água. Os moradores buscam abrigo nos terraços, dependem de barcos ou botes e desafiam o perigo. Da noite para o dia, Laje do Muriaé virou uma cidade ilhada.


Vejam reportagem do hoje de manhã no Bom Dia Brasil: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/01/chuva-forte-deixa-13-municipios-em-estado-de-atencao-no-rio-de-janeiro.html

Fonte: Bom Dia Brasil.

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