terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Chuvas deixam o Estado do Rio em atenção geral


As regiões Serrana e Noroeste Fluminense entram em alerta máximo para os desastres de enchentes e deslizamentos de terra. Só em Nova Friburgo, choveu em 48 horas o equivalente ao esperado para todo o mês. Até o início da manhã de ontem, a chuva acumulada das últimas 24 horas chegou a 125 milímetros (mm) na cidade. A situação do Noroeste não é diferente. De acordo com o coordenador regional da Defesa Civil, coronel Moacir Pires, o acumulado das últimas 24 horas em Laje era de 96 mm. A situação agrava ainda mais, pois em cidades mineiras como Miraí, Muriaé e Carangola não para de chover. No início da tarde de ontem, o prefeito de Muriaé decretou estado de alerta devido ao grande volume de chuva. Em Campos, o Rio Paraíba do Sul não apresenta problemas.

“Em Miraí e Muriaé choveu nas últimas horas 140 mm, consequentemente essa água está chegando a Laje. Está chovendo tanto em Minas quanto no Noroeste, isso faz com que o Rio Muriaé tenha seu volume de água aumentado,” relata Pires, destacando que às 18h de ontem, a Rodovia RJ-116, que liga Laje a Miracema, foi interditada por medidas de segurança e que muitas ruas já estavam alagadas.

Em Itaperuna, algumas regiões mais baixas como a Avenida Beira-Rio, e parte da Avenida Cardoso Moreira, nas imediações da rodoviária, estavam alagadas. A situação na cidade até o final da tarde ainda era considerada tranquila.

“Itaperuna terá reflexos assim como Italva e Cardoso Moreira. Será uma reação em cadeia. Essa água deve chegar a Campos entre 24 e 36 horas. Apesar da quantidade, deve ficar abaixo do limite de transbordo, ficando na cota nove metros. Em Itaperuna com certeza termos uma enchente de grau médio,” alerta Pires.

Em todas as cidades banhadas pelo Rio Muriaé, a Defesa Civil está alertando a população para os riscos e pede para que as mesmas não deixem a situação se agravar para procurarem um local seguro. Em Itaperuna ainda não há desalojado ou desabrigado, mas os números podem ser altos. “Ainda não temos nenhum desalojado, mas a partir do momento que a água aproximar causando transbordamento e alagamento, estimamos cerca de 400 famílias, que moram em áreas baixas e ribeirinhas,” relata o secretário municipal de Defesa Civil, major Joelson Oliveira, lembrando que dois casos de deslizamentos de encostas foram registrados, porém de pequenas proporções, não havendo necessidade de remover famílias.
Região Serrana com cerca de 300 desalojados

Já em Nova Friburgo, até ontem eram registrados aproximadamente 300 desalojados, devido às chuvas, 150 pessoas foram encaminhadas para pontos de apoio espalhados pela cidade e outras 150 foram para casas de parentes ou amigos em locais seguros do município. Queda de muros de casas e deslizamentos de barreiras em estradas de acesso à cidade e o transbordaram de alguns rios contribuem para o agravamento da situação na região.

No município são realizadas ações preventivas coordenadas pelo Departamento Geral de Defesa Civil Estadual, em parceria com a Defesa Civil do município, com a Cruz Vermelha, com o Sistema de Meteorologia do Estado do Rio de Janeiro, o DRM, o Instituto Estado do Ambiente (Inea) e a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Nova Friburgo.

Fonte: O Diário RJ.

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