sexta-feira, 14 de março de 2014

Longa estiagem preocupa autoridades que se reuniram para traçar planos


Representantes da Secretaria de Agricultura, Defesa Civil e da Superintendência Regional da Emater (Empresa de Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro) se reuniram hoje, sexta-feira (14/03), para traçar plano de combate à seca. Na reunião, realizada na Secretaria de Agricultura de Campos, ficou definido que serão tabulados dados das perdas no setor e preparando um Formulário de Informações e Desastres (Fide).

A estiagem prolongada na região já provoca incêndios espontâneos em canaviais, nas pastagens e nas terras, como nas proximidades de Ponta da Lama e Rio da Prata. Para minimizar os efeitos da seca, a Secretaria de Agricultura vem realizando, de forma emergencial, a desobstrução de canais, uma responsabilidade do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

Os prejuízos afetam agricultores, pecuaristas e, também, a cadeia produtiva do setor rural. Os laticínios registram quebra na produção leiteira com redução de até 80% na oferta do leite. A falta de pastagens já provoca a morte do gado e quebra da produção agrícola. A perda da produtividade da cana afetará a safra 2014 do setor sucroalcooleiro do estado.

Participaram da reunião os secretários de Agricultura, Eduardo Crespo; de Defesa Civil, Henrique Oliveira; o Superintendente Regional da Emater (Empresa de Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro), Luiz Carlos Guimarães; técnicos agrícolas e, ainda, por telefone, dirigentes de entidades do setor e, também, diretores de laticínios. O diretor do Laticínio Bosco, José Flávio Martins Moreira, falou da preocupação dos dirigentes das unidades industriais beneficiadoras de leite, por causa da escassez do produto.

“Em janeiro, por causa da seca, tivemos uma queda de 50% no fornecimento de leite. Agora, em março, deveríamos estar processando 6.500 litros, por dia, mas mesmo buscando em outras cidades, temos conseguido apenas 2.200 litros”, informou o empresário.

Os números que evidenciam os prejuízos por causa da estiagem prolongada vão constar no Fide e as informações serão encaminhadas às autoridades estaduais e federais que avaliarão se é o caso da declaração de estado de estiagem, que é necessário para que a Defesa Civil, por exemplo, possa realizar ações emergenciais, como intervenções não convencionais como a abertura de canais, obstrução de trechos para elevar o nível das águas e, assim, aduzir em canais secundários, além de outras medidas para evitar o caos em diversas regiões do interior de Campos e municípios da região.

Fonte: Ururau.