quinta-feira, 13 de junho de 2013

Especialistas estão preocupados com o Doutor Google

 
 
 
A internet foi um divisor de águas na relação médico-paciente, e porque não dizer, na relação do paciente com sua doença, seu tratamento e medicação. Basta digitar a dúvida no site de buscas mais famoso do mundo, o Google, que ele disponibiliza em questão de segundos, centenas ou milhares de informações, que antes não estavam ao alcance do leigo, e que o próprio médico demorava a receber.
 
Tanta informação é benéfica? Depende de vários fatores, de acordo com os especialistas.
 
 Os perigos maiores são as interpretações equivocadas, o quê o paciente faz com as informações em mãos e a substituição do médico pelo Google. Segundo o presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais, João Batista Gomes Soares, a demanda dos médicos para discutir este assunto é grande.
 
 “Inúmeros relatos de médicos são de que o paciente está chegando ao consultório com o diagnóstico pronto, tratamento e medicação escolhidos. Muitos deles estão agindo por conta própria sem conhecimento do médico, atrapalhando o tratamento”, diz.
 
Por ser algo novo, ainda não possui estatísticas, mas afirma que muitos médicos estão se sentindo pressionados, não conseguem convencer o paciente da sua posição e muitas vezes desistem para não causar discussões. “Isso tem exigido mais do médico. É preciso ter preparo, anotar todos os procedimentos e observações no prontuário: o que o paciente propôs e o que não concordou em fazer”, indica. E mais do que isso, transmitir firmeza e confiança nas decisões.

 

2 comentários:

Norma disse...

É verdade, Sr. Altamir, porque agora eu consulto a internet para tudo !!

Anônimo disse...

Na minha opinião, a existência do Google nos torna menos leigo, porém não mais capacitados a ponto de nos automedicar.