terça-feira, 6 de novembro de 2012

Defensorias públicas do Mercosul definem atuação no combate ao tráfico de pessoas


Representantes das defensorias públicas do Brasil, da Argentina, do Uruguai, da Venezuela, da Bolívia, do Chile e da Colômbia vão colocar em prática medidas integradas de combate ao tráfico de pessoas na região.

A proposta é que cada delegação elabore um estudo sobre a situação no seu país e apresente sugestões para solucionar o problema. O assunto será retomado no primeiro semestre de 2013, em Montevidéu, no Uruguai.

A iniciativa foi definida durante a Reunião Especializada de Defensores Públicos Oficiais do Mercosul (Redpo), encerrada quarta-feira (31) passada em Brasília.

A ação deve ser integrada, mas as redes de tráfico de pessoas atuam de diferentes formas em cada país. No Brasil, as vítimas, em geral, são mulheres aliciadas pelas redes de prostituição de países europeus e do Suriname. Na Argentina, os homens e mulheres latino-americanos migram para o país em busca de melhores oportunidades e, em muitas situações, são transformados em vítimas.

Durante a semana, os representantes das defensorias do Mercosul discutiram também alternativas para a capacitação e mecanismos de cooperação interinstitucional. A Defensoria Pública da Bolívia sugeriu a criação de código de ética comum para o grupo. Paralelamente, deve ser definido um projeto de capacitação e intercâmbio de profissionais para ajudar nas atividades de áreas de fronteira.

2 comentários:

Anônimo disse...

Hoje, no Brasil, só há previsão de tráfico de pessoas no Código Penal para fins de exploração sexual, mas o tráfico humano vai além da questão sexual, pois existe também o tráfico para exploração de mão de obra, remoção de órgãos, casamento servil e adoção internacional ilegal. O Brasil tem que estar engajado nessa luta que é de todos nós, enquanto sociedade, enquanto seres humanos...

Anônimo disse...

Deve ser realmente muito triste essa situação, pois estas pessoas que são abusadas costumam temer denunciar seus criminosos e, em muitos casos, nem mesmo se consideram vítimas... não denunciam e têm dificuldade em se expor, porque, afinal de contas, "a viagem" foi por livre a espontânea vontade, não foi forçada... Muito importante a participação do nosso país nessa causa...