Os bancários iniciaram a partir do primeiro minuto de hoje, uma greve nacional por tempo indeterminado. Ontem, o Sindicato dos Bancários em Campos realizou assembléia com a categoria para repassar informações sobre as últimas reuniões entre o Comando Nacional dos Bancários e dirigentes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em São Paulo, que acabou sem acordo.
De acordo com o presidente do sindicato da categoria em Campos, Rafanele Pereira, a categoria considerou “ridícula” a proposta de reajuste salarial de 7,8% apresentada pela Fenabam, aumentada depois para 8% (elevação de apenas 0,2%) e por isso, a decisão por unanimidade pela deflagração da greve. De acordo com Rafanele, além das agências de Campos, entraram em greve também as agências dos oito municípios da área de atuação do sindicato.
Fortalecidos - A decisão pela greve segue a orientação do Comando Nacional dos Bancários e fortalece a unidade da categoria, tendo em vista que os banqueiros. Os bancários reivindicam 12,8% de aumento real, Participação nos Lucros (PLR) de três salários mais R$ 4.500 fixos, piso da categoria igual ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.293,31 em maio) e o fim das metas e o que chamam de assédio moral. Os patrões oferecem apenas 0,37% de aumento real. “Tentamos em São Paulo e em Brasília exaustivamente um acordo dentro da realidade, de forma que os bancos pudessem atender, mas não houve diálogo. O bancários têm sido explorado, com salários aviltados e carga de trabalho pesada, sendo obrigado a cumprir tarefas na venda de produtos do banco. Deflagramos mais esta greve por causa da intransigência dos banqueiros”, descacou Rafanele.
“Os bancos são o setor mais lucrativo do Brasil. Eles podem atender às nossas reivindicações. Nosso movimento, desde o início, foi pautado dentro da legalidade. Temos certeza que contamos com a compreensão da população, até porque ela é formada na maior parte por trabalhadores”, conclui Rafanelle.
Fonte: O Diário RJ.
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