sexta-feira, 8 de abril de 2011

Massacre no Rio choca a todos


Tragédia no Rio de Janeiro, no maior massacre já registrado na história do país na área da Educação: 13 mortos e 16 feridos. Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, no Bairro Realengo, na zona oeste do Rio, entrou na unidade escolar com duas armas e baleou 28 alunos – 10 morreram – na manhã de ontem, por volta das 8h30 – e um no hospital. Na fuga, o atirador deparou com policiais militares e após ser baleado, se matou. Os feridos foram levados para o Hospital Estadual Albert Scweitzer, em Realengo, e outras unidades de saúde do município.


A Polícia Civil distribuiu a carta encontrada na mochila do atirador. Escrita em computador e assinada por ele a mão, a carta, de uma página, traz um texto desconexo e com falhas de pontuação. Na carta, ele fala em Deus e de pessoas impuras que não poderão tocar em seu corpo “sem usar luvas, somente os castos ou os que perderam sua castidade após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem usar luvas”. Em outro trecho, ele diz que, se possível “quero ser sepultado ao lado da sepultura onde minha mãe dorme. Minha mãe se chama Dicéa Menezes de Oliveira e está sepultada no Cemitério de Murundu”.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) condenou com veemência o crime. A notícia virou destaque na versão online de vários jornais no exterior, como o argentino La Nación, o espanhol El País, o britânico The Guardian e até na rede de televisão Al Jazeera.

Na rede social do Twitter, a Unesco Brasil repudiou o crime. “A Unesco repudia ataques à escola do Rio e se solidariza com as famílias. A escola deve ser um lugar para reconstruir a paz e a cultura”. O assunto está entre os 10 mais comentados no Twitter.

A principal manchete no La Nación é sobre o episódio, denominado como a Tragédia no Rio de Janeiro. Uma reportagem resume o que houve em Realengo. No El País, o destaque é para uma fotografia das pessoas que cercaram a escola e externaram espanto e pânico com o ocorrido.

A presidenta Dilma Rousseff decretou luto oficial de três dias pela morte das crianças. As bandeiras em frente ao Palácio do Planalto já estão hasteadas a meio-mastro. Horas após o assassinato coletivo, a presidente falou sobre o episódio e se emocionou. Dilma manifestou repúdio ao crime e pediu um minuto de silêncio ao público que estava no Palácio do Planalto para participar da cerimônia marcada para comemorar a marca de 1 milhão de empreendedores individuais formalizados. Em seguida, Dilma encerrou o evento.

O governador Sérgio Cabral também decretou luto oficial de sete dias no Estado do Rio em memória das vítimas da tragédia.

Já o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reforçou a ideia de uma nova campanha pelo desarmamento após o massacre dos alunos no Rio.

As crianças que testemunharam o assassinato de colegas vão precisar de tempo e ajuda psicológica para retomar o cotidiano. O período de luto e de readaptação pode variar entre as crianças e depende das condições psicológicas e psiquiátricas e dos parentes de cada uma, segundo especialistas.

Fonte: O Diário News.

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