quarta-feira, 9 de março de 2011

Chuva não espanta Congos e Chineses

A chuva que teimou em cair durante todos os dias de Carnaval, não tirou o ânimo dos foliões em São João da Barra (SJB). Na noite de terça-feira, malabaristas e passistas uniram a paixão pela arte circense e pelo samba a fim de promoverem um Carnaval marcante para aqueles que foram à cidade para assistir ao desfile da Escola de Samba Congos. A união das duas artes deu certo e arrancou aplausos do público que conferiu o enredo “Zodíaco, o carnaval das estrelas”. No mesmo dia a dança sincronizada com muita leveza e mistura de cores da comissão de frente da Escola de Samba O Chinês já demonstrava que a criatividade seria o ponto alto do tão esperado desfile. A escola, que deveria ter desfilado no domingo, não pôde fazer a primeira performance por causa da chuva.

A Escola Congos foi a única a enfrentar o tempo chuvoso e colocar o samba na Avenida no domingo de Carnaval. Nesta terça, os foliões voltaram à Avenida em meio aos signos do zodíaco. O público conferiu o enredo que foi apresentado pela primeira vez em 1984, cujo samba composto por Zeca Ribeiro é reconhecido como um dos mais belos da agremiação em todos dos tempos.

As quatro alegorias sintetizaram a relação dos elementos da natureza com o zodíaco, já que cada um deles representou três signos: o carro abre-alas, “Elemento ar no cenário multicor”; o segundo carro trouxe a terra simbolizando a natureza como equilíbrio do planeta; e as demais que trouxeram o fogo da criação e a água como a vida do planeta. A agremiação vermelha, preta e branca, fundada em 1932, teve como destaque os casais de mestre-sala e porta-bandeira Marlucia/Elder e Elida/Jhonatan e o brilho da rainha da escola, Rita Amaral, que estreou na passarela do samba para defender as cores congolesas também há 27 anos.

Também valeu esperar para ver o Chinês passar. Quem estava na avenida comprovou: este foi um dos mais bonitos carnavais dos 78 anos de história da escola que levou ao público um enredo com o tema “Magia” em suas mais diversas vertentes. Os primórdios com o culto à natureza, a força dos pajés, a mágica cotidiana retratando o lúdico, a magia do mundo infantil, uma referência a Merlin, o senhor da magia, além da influência mística dos anjos foram a inspiração para os quatro carros alegóricos e três tripés. Fechando o desfile, uma homenagem à Avalon, a cidade da magia.

Fonte: O Diário News.

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